Eu venho dizendo isso há meses: o PSG ainda não está no patamar da verdadeira elite do futebol, patamar reservado hoje para Barcelona, Bayern de Munique, Manchester City, talvez a Juventus, e o time que eliminou os franceses, o Real Madrid.
Meu palpite era que o Real se classificaria, colocando o PSG no seu lugar. Esse lugar é de um clube que tem vários bons jogadores mas ainda está longe de ter um time. Para que tenha, mudanças precisam ser feitas.
1. Treinador
Essa é a mais óbvia. A tentativa com Emery foi muito válida, mas ficou claro que ele não tinha ainda a capacidade de lidar com tantas estrelas. Certamente já estão pensando num substituto.
Zidane parece ser o nome mais forte. Se o Real não vencer a Champions League, é muito provável que Florentino Perez troque o comando merengue (Pochettino é um nome que agrada). Se isso acontecer, a chegada de Zidane ao Parc des Princes é provável.
Tirando o Zidane, esses são alguns dos principais nomes que poderão ser considerados para a vaga – o próprio Pochettino, Allegri, Antonio Conte, Leonardo Jardim, Joachim Low, Tite, até mesmo Luis Enrique.
2. Melhorar algumas posições cruciais
O PSG tem um time muito bom, especialmente do meio pra frente, mas o lado defensivo precisa de algumas melhorias. As principais são:
Lateral esquerda – Berchiche não é um lateral ruim, mas não está no nível de um time que quer conquistar a Europa. Kurzawa, que virou reserva, é muito fraco.
Liderança na zaga – Marquinhos é um excelente zagueiro, mas não é um líder. Thiago Silva era para ser o líder, mas já mostrou várias vezes que não é. O PSG precisa de um zagueiro capaz de ser líder (Ramos, Boateng, Pique, Chiellini, Kompany) – como o Milan fez ao contratar Bonucci.
Goleiro – Areola é um bom goleiro, mas inconsistente demais para um time que quer vencer a Champions. Se olharmos para os melhores times do mundo, todos tem um goleiro de primeira linha. Não é a toa que o nome de Curtois fica surgindo como possibilidade para a meta do PSG.
3. Cabeça
A cabeça no Parc des Princes (o mindset) precisa mudar. O que quero dizer com isso? Os jogadores precisam colocar o clube em primeiro lugar, e não a si mesmos. Quando Verratti toma aquela atitude absurda e infantil (gritando com o árbitro) no segundo tempo (já tendo um cartão amarelo) e é expulso, na partida mais importante da temporada, ele não está pensando no time.
Quando Neymar não deixa Cavani bater aquele pênalti que o tornaria no maior artilheiro da história do clube, sendo que o jogo já estava mais que decidido, isso mostra que o brasileiro não estava pensando no time primeiro.
Para um time chegar no patamar dos verdadeiros gigantes, essa “cabeça” precisa mudar.
4. Abaixar a bola do Neymar
Neymar é o grande craque do time, e um dos melhores jogadores do mundo … isso não se discute. Porém, o clube não pode tratar ele como se fosse o único grande no clube – isso é coisa de clube pequeno.
Usando o seu antigo clube Barcelona como exemplo, Messi é o craque do time e todos sabem disso. Mas, outros jogadores importantes do clube são tratados de forma importante, inclusive por Messi. É o caso de Iniesta, Pique, Alba, e outros.
No PSG, parece que desde a chegada de Neymar, jogadores como Cavani (simplesmente o maior artilheiro da história do clube) e Thiago Silva perderam a importância. Isso não pode acontecer, pois qualquer time verdadeiramente gigante é feito por mias de UM grande jogador. No Real é assim, no City é assim, na Juventus é assim … no Bayern então, nem se fala.
Se o PSG quer mesmo começar a sonhar em estar na conversa com os Barcelonas, Real Madrids e Bayerns da vida, mudanças precisam ser feitas.
Até a próxima …